Mineração de Bitcoin: o que é e como se faz

Neste artigo você ficará por dentro da mineração de Bitcoin, saberá como acontece, quais são os equipamentos necessários, o que é preciso fazer, as vantagens e desafios dessa atividade.

 Neste artigo você ficará por dentro da mineração de Bitcoin, saberá como acontece, quais são os equipamentos necessários, o que é preciso fazer, as vantagens e desafios dessa atividade.

Quando você escuta a palavra mineração logo vem a sua mente aquela imagem de um grande garimpo onde homens trabalham duro em busca de pepitas de ouro e pedras preciosas, não é mesmo? 

E se eu te disser que a mineração de Bitcoins se parece muito com esse cenário? É apenas uma semelhança conceitual, uma analogia para que você entenda o processo: é que tal como o ouro e as pedras preciosas, o Bitcoin é finito, escasso. Logo, toda a oferta de Bitcoins já existe em número limitado. Quem encontra novos Bitcoins recebe uma recompensa, que também vem diminuindo  de tempos em tempos. 

 E como encontrar algo que existe somente no meio digital? Que equipamentos e conhecimentos a mineração de Bitcoin requer? Qual o investimento e o retorno que o minerador tem? Que obstáculos poderá encontrar nessa empreitada? Serão perguntas respondidas ao longo deste artigo. 

O que é mineração

Na rede do Bitcoin, mineração é o processo no qual computadores especializados ligados na rede usam toda sua capacidade computacional para resolver uma equação matemática. 

Os mineradores competem entre si fazendo cálculos de probabilidade até encontrarem a resposta correta dessa equação e fecharem um bloco de informação.  Aquele que fechar o bloco  primeiro  recebe uma recompensa. Atualmente ela é cerca de 6,25 Bitcoins por bloco. 

A cada quatro anos o valor da recompensa aos mineradores cai pela metade. Assim entra cada vez menos Bitcoin no mercado, o que significa aumento da escassez, e da valorização. 

Dessa forma os mineradores correm contra o tempo para ver quem consegue encontrar as peças que completam esse verdadeiro “quebra-cabeças” que é a Blockchain, encontrando assim novos Bitcoins. O número limite é de 21 milhões,sendo que mais de 18 milhões já foram encontrados. A cada dez minutos um bloco de transações é encontrado.

 O vencedor de cada competição adquire o direito de registrar as transações de Bitcoins no livro-razão da Blockchain para que sejam confirmadas. Mas antes disso esse bloco de informações é submetido à verificação de toda a rede em tempo real, na etapa denominada proof of work. Havendo um consenso entre todos os participantes sobre a validação daquele bloco,ele é atrelado à cadeia, passando a compor  a Blockchain. 

No início do funcionamento da rede, a cada novo grupo de transações registrado, os mineradores recebiam 50 novas moedas. A cada quatro anos, contudo, essa recompensa é reduzida pela metade. 

Além dos mineradores, que são,na prática, os guardiões da rede, existem os full validating nodes (nós de validação total)  que entram no processo de verificação dos blocos e transações seguindo as regras do algoritmo de consenso. Na mineração eles  funcionam como uma espécie de auditores. 

Quando todos os Bitcoins forem encontrados a mineração continuará, mas no lugar dos Btcoins, a remuneração dos mineradores  provavelmente virá através de tarifas de transações dos usuários. 

O que um minerador de Bitcoin precisa

 Lá nos idos de 2009 era mais rentável e mais fácil o trabalho dos mineradores, pois o início da Blockchain ainda era relativamente vulnerável, era preciso dar um incentivo maior a quem estivesse disposto a fortalecer a rede, aumentar sua descentralização. Qualquer pessoa que tivesse um computador poderia minerar de casa mesmo. 

Mas, doze anos se passaram e a rede cresceu, muitos participantes entraram,  a complexidade dos cálculos aumentou, o que demanda novos equipametos. 

Adaptando-se a esse crescimento, o algoritmo do Bitcoin opera um ajuste de dificuldade quinzenalmente na rede, seguindo a tendência de aumento do hashrate (poder computacional).

No decorrer desse período passou a ser necessário incorporar as placas de vídeo às CPUs para minerar Bitcoin, mas, logo elas também ficaram obsoletas, pois uma grande indústria se formou em torno desse mercado dos criptoativos e surgiram as asics, máquinas  apropriadas para esse fim. Com a chegada das asics no mercado  a taxa de dificuldade na mineração atingiu o ápice. 

São necessárias muitas asics operando simultaneamente para que se atinja o grau de competitividade satisfatório. A mineração hoje acontece em escala industrial, em galpões enormes equipados com máquinas computacionais robustas que consomem muitíssima energia. 

Eles são mais comuns em regiões onde a energia é barata e abundante, a exemplo do Paraguai, da Islândia e dos campos de energia eólica chineses. 

A mineração e a segurança da rede

Como você pôde ver, em todas as etapas do processo, o papel da mineração é fundamental para que a rede do Bitcoin siga inviolável, pois  garante o aumento dela,  sua descentralização, sua segurança. 

Quanto maior o número de envolvidos e o poder computacional empregado, maior a dificuldade não só em se encontrar Bitcoins, mas em fraudar o sistema. 

Você já deve ter deduzido que minerar Bitcoins tende a ser cada vez mais difícil e menos rentável. Soma-se a isso o   alto custo com máquinas e energia. 

Definitivamente, a concorrência, a grande dificuldade em conseguir Bitcoins, a necessidade de alto investimento levam à conclusão  de que minerar não é para amadores. 

Total
0
Shares
Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Previous Post

O que é GAS price e Gas Limit no Ethereum?

Next Post

proof of work e proof of stake e diferenças